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CLARA FADEL

Assistente de Direção:

“+55 - Inverter-te-ei Antes que Te Transformem Mais Uma Vez em um Mal Entendido” (2019)

Assistente de Direção de Arte: Gold (TU) (2022)

 

“Minha trajetória no T.U teve início em 2019, onde tive a oportunidade de acompanhar os formandos daquele ano, inicialmente como monitora do professor de interpretação Rogério Lopes e em seguida como assistente de direção de Fabrício Trindade.

Em ano de posse do Bolsonaro e da volta do sarampo, não teria outra forma de se construir um espetáculo de formatura que não tivesse uma diversidade de temas e linguagens.

Estar ao lado de Fabrício foi entender a importância do processo, seja ele no coletivo ou individualmente, entender que resultado é consequência de um trabalho “vivenciado” dia após dia. Era uma turma  diversa e, falando da perspectiva das mulheres, dentro e fora de cena, tínhamos muito a dizer. Sim, já ocupamos diversos lugares e o teatro é um deles, lugar em que podemos nos expressar de várias formas. Acredito que nossa luta em busca de uma equidade, passa pela voz, essa voz tantos anos silenciada e o teatro é um dos lugares que nos permite através da arte fazer essa revolução.  E que revolução, a partir do espetáculo +55, mulheres falaram! Mulheres gritaram, mulheres dançaram e cantaram! Se misturaram com a plateia, fizeram piada e foram até o microfone e falaram, falaram, falaram, falaram, falaram...

Hoje, sigo como assistente da montagem e como artista pesquisadora da A_GIRA, aprendendo com todes que ali estão e para além da fala, entendendo a importância de ocupar espaços, como mulher, ocupar todos os espaços, principalmente aqueles onde esta o poder e o conhecimento.”

 

Clara Panisset Brandão Fadel é atriz formada pelo Cefart (fev/2014 a dez/2016), também passou pelo curso profissionalizante da Puc Minas (2013). Hoje cursa o 7º período de Licenciatura em Teatro na UFMG. Em 2017 trabalhou como Arte Educadora no CCBB-Belo Horizonte. Atua no coletivo de teatro Transborda, formado por artistas e pesquisadores que questionam as fronteiras de gênero através do riso, da performance e da carnavalização.

 

Foto: Marcos Tadeu

Última atualização: 08/03/2022

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