POR NDPCON
Queria falar do meu entendimento
Explicar o que sinto
Mas hoje só sei dizer da incerteza
O certo é o incerto
E pelo incerto eu caminho
Não muito diferente de tempos atrás
Pois sempre andei nessa banda de cá
E é ela quem me trás
É ela quem me fez chegar aqui.
A diferença é no clima...
Hoje a incerteza vem pelo ar
Já não respiro com mais tanta coragem
Não toco
Não cheiro
Evito olhar...
Mas tento ao menos ouvir...
Fecho os olhos
Paro
É mais fácil ouvir quando se faz silêncio...
Aos poucos vem uma batida
Lenta...
ouço o som do meu coração.
É mais fácil ouvir quando de faz silêncio...
E então eu vou.
Não dessa vez
Não venha me agendar
Tabela de informações
Não vão me ajudar
Não.
Dessa vez você vai me escutar
Um pranto...
Vindo do lado de cá.
Cadê sua resposta?
Não tem.
Me mostra a sua
Não tem também.
Pra quê tanta culpa?
Isso não nos convém.
Só cala, e escuta.
Aos poucos ela vem...
Acredito na pluralidade da escrita como afirmação de identidade e pertencimento. Para além dos recursos lucrativos que se fazem necessários buscar neste meio que vivemos, me permito olhar para a arte, principalmente o canto, a Estética e a poesia como ferramenta de cura, autoconhecimento e re-encontro com nossa ancestralidade perdida nesse colapso ocidental. Neste sentido, o canto tem sido meu principal companheiro de estudo no que eu ouso chamar de pluralidade subjetiva.
O poema RESPIRO foi apresentado no dia 08/07, durante a LIVE AJUSTAR AS VELAS – Impactos da pandemia nas escolas de teatro, com es estudantes do Teatro Universitário Julia Ndpcon, Clara Bastos, e Victor Velloso, e a estudante do Cefart Ana Clara Martins.
Ndpcon é aluna do segundo ano do Teatro Universitário T.U. integrante do núcleo de teatro do Espaço Comum Luiz Estrela e do coletivo TeAto do Amanhã.
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